The Best of Klowner

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Terríveis Memórias

Andava tudo muito calmo. O País e o Mundo, como diz o Rodrigo Guedes de Carvalho, continuavam a viver os seus problemazinhos de sempre. Tudo tranquilo e sereno.
Eis senão quando li a notícia mais aterradora dos últimos tempos. Algo que mudou completamente a minha atitude face à vida e que provocaram danos irreversíveis no meu carácter.
Vejam se não tenho razão...

"Estudo revela que elefantes não perdoam e são vingativos

Os elefantes, além da sua lendária boa memória, não perdoam e são vingativos, indica um estudo hoje publicado pela revista britânica New Scientist.
Segundo os investigadores, é por isso que estes animais atacam aglomerados urbanos em retaliação por danos sofridos no passado por culpa do homem. O estudo indica que os elefantes também sofrem de stress pós-traumático, que nos seres humanos provoca depressão, pesadelos e ansiedade devido a experiências traumáticas sofridas anteriormente.
Assim se explica que manadas destes mamíferos assaltem povoações, arrasem cabanas e destruam culturas, não para obter alimentos como no passado, mas para assustar as pessoas.
Segundo Joyce Poole, directora do projecto de investigação do Elefante de Amboseli, no Quénia, «estes animais têm inteligência e memória suficientes para serem capazes de vingar-se».
«Os directores dos parques naturais julgam ser mais fácil acabar com os elefantes problemáticos do que expor-se à ira dos visitantes atacados», afirmou.
Adverte, no entanto, que se abatem elefantes sem se ter em conta as consequências para o resto da manada e sem considerar a possibilidade real disso desencadear uma reacção violência.
Os cientistas suspeitam que se transmita de geração em geração um sentimento de rancor e desconfiança em relação à raça humana que remonta às décadas de 70 e 80, quando a caça furtiva estava no auge.
Este trauma criou uma geração de elefantes «adolescentes delinquentes» que agora quer ressarcir-se de sofrimentos passados, assinala o estudo."

Diário Digital / Lusa, 16 de Fevereiro de 2006




Preocupação, angústia, terror. Diria Albarran, "O drama, a tragédia, o horror!".
O que dizer depois de uma notícia destas? Só sei que nunca mais consegui dormir. Que nunca mais verei "Dumbo" com a mesma sensação de felicidade e segurança. Que vou passar a andar com muito mais cuidado e com uma atenção quase esquizofrénica nos Jardins Zoológicos. Nunca mais vou lavar o carro ao Elefante Azul, não vá o diabo tecê-las. Jamais voltarei a trincar chocolate "Cote d'Or", aquele que tem um elefante desenhado. E claro, não porei os pés no novo Aeroporto da Ota, já que este não é nada mais do que um enorme Elefante Branco.
O que é que a humanidade pode fazer para garantir a sua sobrevivência? Sinceramente não sei. Acho que não vale de nada dizerem-lhes para esquecer o assunto, porque eles têm aquela memória de Elefante. A solução deve mesmo passar por os acarinhar com toneladas e toneladas de amendoins. Ou então, passar a dar notas de 10 Euros ao, por enquanto, simpático elefante que toca o sino no Jardim Zoológico de Lisboa.
É que eu já não me sinto seguro na rua. Sempre aquela sensação de que a qualquer momento uma manada de Elefantes furiosos poderão perseguir-me em debandada, armados com facas e paus para me arreliarem. Enquanto falamos eles estão provavelmente a delinear os seus planos maquiavélicos para dominar o mundo!
Já viram se eles se lembram (o que não é díficil, por causa daquilo da memória) de se juntarem aos milhões de L Casei Imunitas aprisionados barbaramente pelo Homem em garrafinhas minúsculas de Actimel? Com um exército tão vasto e sanguináreo, a Humanidade estaria, irremediavelmente, perdida.
E ainda não recomposto do choque, outra bomba caiu sobre o edíficio decadente, quase barraca, que é a minha existência.

"Pavarotti em Lisboa
A digressão de despedida dos palcos de Luciano Pavarotti inclui uma passagem por Lisboa. O espectáculo vai ter lugar no dia 21 de Abril no Pavilhão Atlântico e os bilhetes estarão à venda a partir do próximo dia 17.
O tenor volta a Lisboa num espectáculo será produzido pela Sociedade Portuguesa de Espectáculos. A acompanhá-lo estará a soprano Carmela Remigio e uma orquestra de 64 elementos, dirigida pelo maestro Leone Magiera.
Pavarotti, natural de Modena, no norte de Itália, estreou-se em 1961 no papel de Rudolfo de "La Bohme" de Puccini na Ópera Reggio Emília. Este ano, o tenor completa 45 anos de carreira lírica, ao longo dos quais vendeu cerca de cem milhões de discos.
Há cerca de dois anos, Pavarotti iniciou uma digressão de despedida. Segundo afirmou à imprensa, o seu desejo é "dedicar-se exclusivamente ao ensino da música" na escola por ele fundada na sua cidade natal. "
Agência Lusa, 16 de Fevereiro de 2006



Haverá alguma relação entre estas duas notícias? Não sei, avaliem vocês a massa corporal do tenor Italiano. Mas eu cá não arriscava. Por favor, a sério, por favor, peço às autoridades fronteiriças que não o deixem entrar no nosso pacato Portugal. Pronto, ou se tiver mesmo de ser, por causa daquilo do espaço Shengan, faço um apelo a todos aqueles que se cruzarem com Pavarotti para que façam o favor de não irritarem o homem, por tudo o que vos é mais sagrado. Façam um sorriso de 40 centímetros e digam: "Senhor Pavarotti! Ai gosto tanto de si! Canta tão mas tão bem! Tenhos os seus cd's todos! Ah, e só agora vejo, você está mais magro!" Pode ser que ele se mantenha calminho.
É que essa história de abandonar os palcos para se dedicar ao ensino está muito mal contada. Ninguém me tira da cabeça que será Pavarotti a liderar a revolta dos Rebeldes Paquidermes!
Mas descansem, que eu tenho-o debaixo de olho...
Eu a pensar que a próxima guerra mundial seria entre Árabes e Ocidentais, ou entre produtores de Bandeiras Dinamarquesas e os que pedem desculpa pelas ofensas aos Muçulmanos. Completamente enganado!
Já estou mesmo a ver que isto vai dar molho. Logo uma coisa que o Pavarotti tanto gosta...
Rais parta os elefantes!
Depois não venham dizer que eu não vos avisei...
Um "Ponham-se a pau" bem Português.

2 Comments:

  • "O país e o Mundo" é a frase do Rodrigo Guedes de Carvalho no terminus de cada Jornal da Noite. O outro com nome confundível é o José Rodrigues dos Santos... Andamos a confundir os jornalistas da nossa praça? Será alguma dislexia ou disfunção afim?

    By Anonymous Anónimo, at 6:20 da tarde  

  • Direito de Resposta

    Cara Maria Ana
    Tens toda, mas toda a razão. É um erro imperdoável da minha parte, um desleixo gravíssimo para alguém, que como eu, tem a responsabilidade moral de instruir este país.
    Mas estas coisas acontecem, temos de seguir em frente e não pensar mais nisso.
    É que desde a entrevista da Shakira que, para mim, a SIC só tem um pivot: o grande e único, the one and only, Paulo Camacho.
    Daí a confusão. Mas para a próxima, pelo sim pelo não, uso a catchline da ex-pivot da TVI:
    "Boa noite, eu sou a Manuela Moura Guedes e este é o Jornal Nacional".
    Fica bem em qualquer texto e o nome é bem mais fácil de decorar.
    Um Obrigadinho bem Português
    GK

    By Blogger GK Sucena, at 6:30 da tarde  

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